A Organização Mundial de Saúde trouxe em 2019 as “Linhas guia para a atividade física, comportamento sedentário e sono para crianças abaixo dos 5 anos de idade“. Aqui conseguimos encontrar diretrizes úteis relativas ao tempo que uma criança com idade abaixo dos 5 anos deve ter de atividade física, tempo de sono, e ainda o tempo máximo recomendado para as crianças estarem (ou não) em atividades sedentárias dependentes de um ecrã (incluindo videojogos).
A investigação tem visto como positiva a utilização equilibrada de videojogos, tendo as considerações da OMS o objetivo de informar como criar um ambiente tecnológico seguro para as crianças, face ao rápido desenvolvimento que se deu nos últimos anos. Esta torna-se uma informação útil já que sabendo tudo o que de bom estas atividades podem trazer (algo também realçado pela investigação), podemos por outro lado compreender como as podemos tornar equilibradas para nós e para os nossos filhos sem que isso afete o seu desenvolvimento base e qualidade de vida presente e futura.
Segundo as considerações da OMS as crianças:
– Com menos de 1 ano de idade:
– Entre 1 e 2 anos de idade:
– Entre 3 a 4 anos de idade:
Segundo a OMS um elevado tempo em atividades sedentárias encontra-se largamente associado a um baixo nível de saúde física, psicológica e social. Sabe-se ainda que o sono influencia a saúde, estando baixas horas de sono associadas a obesidade na infância e adolescência, assim como a perturbações mentais na adolescência. A verdade é que muitos dos hábitos que levamos para a nossa adolescência e vida adulta começam na nossa infância e a investigação demonstra que quanto mais cedo cultivarmos rotinas equilibradas, melhor os resultados serão no futuro, e as figuras parentais são aqui fundamentais para a estimulação destes hábitos saudáveis.
Vale também relembrar que existem já também soluções de videojogos que potenciam o exercício físico, visando criar estratégias contra o sedentarismo. No mercado mobile vemos por exemplo o Zombies, Run! e nas consolas o Just Dance ou até o recente Ring Fit Adventure.
Maria João Andrade, Psicóloga Clínica